Instituto Pensar - Rede ligada à Parada LGBT ajuda pessoas vulneráveis nas ruas de SP

Rede ligada à Parada LGBT ajuda pessoas vulneráveis nas ruas de SP

por: Eduardo Pinheiro 


Reportagem na Folha de S. Paulo apresenta a Parada pela Solidariedade, rede de apoio para a população LGBT que vive nas ruas e se encontra cada vez mais vulnerável com a pandemia do coronavírus. A ideia é do produtor cultural Heitor Werneck, que trabalha com pessoas em situação de rua há anos, e de Renato Viterbo, presidente da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.

Participam da rede padre Julio Lancelotti, o estilista Alexandre Herchcovitch e o músico João Gordo, que criou o projeto Solidariedade Vegana com a sua mulher, Vivi Torrico. O Coletivo Família Stronger, o Grupo Pela Vida SP e o Projeto Seforas também se juntaram a ajuda.

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Werneck arrecada marmitas, cobertores, água mineral, kits de higiene, camisinhas e ração para os cachorros. O grupo passa por ruas escuras e lugares ermos, muitas vezes, para fazer chegar essas doações a prostitutas travestis e transexuais.

"Das letras da sigla LGBT quem mais sofre é o ‘T\'”, afirma Alberto Silva, coordenador da Casa Florescer, que acolhe transexuais. "Somos mantidos pelo governo, mas dependo das empresas e parceiros, como o pessoal da Parada Solidária para fazer as ações acontecerem de fato”, afirma o coordenador.

Pandemia

O trabalho acabou saindo do controle durante a pandemia. Nas filas que se formam nos endereços em que eles marcam ponto de distribuição de comida e kits, há quem tenha onde morar, mas não o que comer.

É o caso da cuidadora de idosos, Wilma Leal, 62, que paga uma pensão com o auxílio que recebeu do governo, mas não sobra para comer. Pegou frutas na fila da Rede para jantar em casa. Ela diz que "não é certo esse negócio de menino com menino”, mas agradece o gesto lindo feito por eles.

A Prefeitura de São Paulo não sabe ainda dizer se o número de pessoas em situação de rua aumentou na capital durante a pandemia. O último censo, realizado em 2019, contabilizou 23.344, sendo que 8% delas se autodenomina homossexual ou bissexual.

Ajude o projeto

O projeto aceita doações de alimentos não perecíveis, itens de higiene e limpeza, ração e remédios para cães e gatos, cestas básicas, kits de higiene pessoal, escovas de dentes e máscaras de proteção. Para mais informações acesse o site paradasp.org.br ou mande email para parada-solidariedade@gmail.com.

Com informações da Folha de S. Paulo



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